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Segundo cérebro, microbiota e alimentação

13/06/2025 -
Alimentação

​Você sabia que nossos comportamentos e emoções podem ser afetados pelo intestino? Parece improvável, não? Mas a partir do momento que sabemos que o órgão possui um sistema nervoso próprio isso fica mais fácil de entender. Sabe a serotonina, considerada o hormônio da felicidade? Quase a totalidade dela no nosso corpo é produzida no intestino! O Dr. Marcos Mucenic, gastroenterologista cooperado da Unimed Porto Alegre, explica: “O ‘eixo cérebro-intestino’ conecta o sistema nervoso central, o sistema nervoso entérico (SNE, do intestino), o sistema digestivo e a microbiota intestinal, permitindo uma comunicação bidirecional. Por isso, o intestino pode ser chamado de segundo cérebro”.

Sistema nervoso entérico 

O SNE regula funções intestinais, afetando tanto o intestino quanto o cérebro. Além da serotonina, o órgão produz outros neurotransmissores, que navegam no eixo intestino-cérebro-microbioma e influenciam nossa reação a estresse, ansiedade e até propensão à depressão. “O eixo cérebro-intestino já foi bastante estudado e há evidências muito robustas a respeito desse funcionamento”, afirma a psiquiatra cooperada da Unimed Porto Alegre Sheila Vardanega. 

Microbiota 

O intestino humano abriga cerca de 100 trilhões de bactérias. A alimentação e o estilo de vida são fatores que influenciam na formação de uma microbiota saudável. Alterações na microbiota foram encontradas em doenças neurológicas, psiquiátricas e gastrointestinais, como Parkinson, depressão, síndrome do intestino irritável e muitas outras. “Ainda não há confirmação de causa e efeito, mas as pesquisas neste campo podem auxiliar a compreender melhor estas doenças e a desenvolver tratamentos mais específicos no futuro”, afirma Mucenic. 

Cuidando da saúde do intestino 

Se há algo que pode ajudar, e muito, a se alcançar uma alimentação adequada e, assim, contribuir para a saúde intestinal e mental, é o planejamento. Um ganho muito significativo nesse sentido, para quem não sabe cozinhar, seria desenvolver algumas habilidades culinárias simples. De acordo com a nutricionista Paula Correa, ter comida de verdade à disposição, como ingredientes frescos e ricos em fibras, é outro ponto fundamental. E para isso é preciso organizar a rotina, criar espaço no dia a dia para as compras, por exemplo. Para Sheila, quanto mais organizada e pré-planejada for a rotina, maiores são as chances de se fazer boas escolhas. Ela lembra que não dá para escolher o que se vai comer na hora da fome. “Cuidar da alimentação é autocuidado, envolve muita consciência e atenção. Comer saudável tem tudo a ver com ter condições emocionais para fazer boas escolhas, diz. ​

Dicas para o dia a dia: 

● Consuma alimentos fermentados: kombuchá, kefir, iogurte, leite fermentado. 

● Consuma alimentos prebióticos: alho-poró, cebola, alho, chicória, banana, aspargos, cereais integrais, leguminosas. 

● Evite ultraprocessados, açúcares e gorduras. 

*Para saber mais, acesse o Guia Alimentar para a População Brasileira, uma publicação do Ministério da Saúde ​que traz as informações essenciais para uma alimentação adequada e saudável.​